POBRES E POBREZA: metamorfoses e fabulações

Autores

  • Monique Borba Cerqueira Instituto de Saúde de São Paulo

Palavras-chave:

Pobres, pobreza, construção da subalternidade

Resumo

A vasta classificação utilizada para caracterizar o “homem pobre” é acompanhada por formas de exortá-lo, idealizá-lo, esconjurá-lo. Para além da associação da pobreza à destituição material, sua forma mais aparente corresponde a uma situação reles e desprezível, engendrada por um universo moral que possui o ardil de uniformizar, tornando pejorativas várias dimensões da vida dos chamados “pobres”. É assim que enquanto força dinâmica, a pobreza se ergue e circula, ocupando falas, cenários, subjetividades, identificando-se a um amplo conjunto de práticas que operam seus enquadres, nomeações e recriações constantes da subalternidade. Este artigo objetiva desconstruir a impotência dos pobres, ao debater o construto histórico, moral e político que produz e atualiza sua figuração, evidenciando a instância de dominação que lhe é própria. Trata-se de desessencializar a questão da pobreza e dos pobres como maquinação capaz de imputar sofrimento, piedade e resignação

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Biografia do Autor

Monique Borba Cerqueira, Instituto de Saúde de São Paulo

Socióloga, Pesquisadora Científica do Núcleo de Condições de vida e Situação de Saúde do Instituto de Saúde de São Paulo, Doutora em Políticas Sociais e Movimentos Sociais - Programa de Pós graduação em Serviço Social da PUC/SP, Mestre em Sociologia - UNICAMP

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Publicado

2010-04-19

Como Citar

CERQUEIRA, Monique Borba.
POBRES E POBREZA: metamorfoses e fabulações
. Revista de Políticas Públicas, v. 13, n. 2, p. 195–201, 19 Abr 2010Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 16 abr 2024.