A terra indígena Krĩkati, a morosidade do estado e a vida (im) possível dos índios

Autores

  • Júlia Trujillo Miras UNB
  • Kátia Núbia Ferreira Corrêa

DOI:

https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p85-112

Palavras-chave:

Terra Indígena, Territorialidade, Vida, Estado, Demarcação, Krĩkati, Timbira

Resumo

A Terra Indígena Krῖkati foi homologada no ano de 2004, contudo até hoje parte do que foi identificado e demarcado como território indígena permanece ocupado por moradores não índios. O presente artigo pretende refletir sobre a dinâmica krῖkati de habitar a terra a partir da demarcação (não como um marco temporal de análise, mas como um acontecimento que age na terra) e o impacto que a não desintrusão gera em suas vidas. Para tanto, apresenta o processo de regularização fundiária da TI desde seus primórdios, em 1974, até seus desdobramentos em 2014, quando aconteceu a última tentativa de retirada dos moradores não indígenas da área do rio Arraia. Ao colocar a regularização fundiária em perspectiva poderemos entender como os procedimentos de criação de uma Terra Indígena, assim como a própria categoria de TI, é algo exógeno aos povos que vivem e se relacionam de outros modos com a terra. Ao mesmo tempo, percebe-se que a vida e a T/terra estão interconectadas e que, portanto, a demarcação é fundamental para garantir o direito à vida dos povos. Contudo, ao olharmos para os percursos do processo e a morosidade do Estado em garantir o cumprimento dos direitos indígenas, vemos como tantas vezes tais direitos não se realizam.

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Biografia do Autor

Júlia Trujillo Miras, UNB

Mestra em Antropologia Social pela Universidade de Brasília - UNB (Brasília/DF/BR).

Kátia Núbia Ferreira Corrêa

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa intitulado “Estado Multicultural e Políticas Públicas”.

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Publicado

2018-03-06

Como Citar

Miras, J. T., & Corrêa, K. N. F. (2018). A terra indígena Krĩkati, a morosidade do estado e a vida (im) possível dos índios. REPOCS - Revista Pós Ciências Sociais, 15(29), 85–112. https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p85-112

Edição

Seção

DOSSIÊ: Leituras sobre os Timbira