Divisões de classe e pobreza relativa no Brasil

Autores

  • José Alcides Figueiredo Santos UFJF

DOI:

https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p191-211

Palavras-chave:

Pobreza relativa, Classe social, Estrutura social, Renda e recursos, Sociedade brasileira

Resumo

O artigo analisa a evolução, no período de duas décadas, da associação entre classe social e chances de ser pobre nos critérios de renda e de recursos no Brasil. Modelos de regressão logística foram usados para estimar as chances relativas (odds ratio), ajustadas, de estar em situação de pobreza relativa (limiar de 70% da mediana). Na base da estrutura social as desigualdades de oportunidades relativas de ser pobre no critério de renda pessoal disponível, em comparação ao topo privilegiado, mantiveram-se em níveis muito elevados ou ampliaram-se. As chances relativas de ser pobre de recursos ou bens acumulados no período pós 2002 se alteraram pouco ou tiveram certa deterioração para os que têm desvantagens de classe. Os progressos nos padrões de vida da população não se fizeram acompanhar de reduções marcantes na distribuição relativa de fatores protetivos que minimizam riscos e de vulnerabilidades que potencializam riscos de estar em situação de pobreza relativa no contraste entre o topo e a base da estrutura social.

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Biografia do Autor

José Alcides Figueiredo Santos, UFJF

Doutor em sociologia e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF /Juiz de Fora/MG/BR). As investigações que realiza sobre classe social, raça, gênero, renda e saúde no Brasil têm sido publicadas nos principais periódicos de Ciências Sociais do país.

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Publicado

2017-02-23

Como Citar

Santos, J. A. F. (2017). Divisões de classe e pobreza relativa no Brasil. REPOCS - Revista Pós Ciências Sociais, 14(27), 191–211. https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p191-211