A antropologia e as experiências escolares indígenas

Autores

  • Clarice Cohn UFSCAR
  • José Valdir Jesus de Santana Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.18764/2236-9473.v13n25p61-86

Palavras-chave:

Antropologia, Interculturalidade, Escolas indígenas

Resumo

As conquistas legais obtidas pelos povos indígenas na luta pelo direito a uma educação escolar diferenciada são muito recentes. A partir da Constituição Federal de 1988, resultou um detalhamento de leis que anunciam e encaminham possibilidades para uma escola indígena específica, diferenciada, intercultural e bilíngue, reconhecendo o direito dos povos indígenas manterem suas identidades étnicas, fazendo uso de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Para além do que o Estado passou a denominar de “escola indígena”, buscamos, neste artigo, apresentar distintos “casos etnográficos” em que coletivos indígenas acionam a escola a partir de intencionalidades as mais diversas, informadas por suas epistemologias, regimes próprios de conhecimento e sociocosmologias que, no limite, acabam, por diferentes meios, domesticando a escola e produzindo enfrentamentos e novas demandas para com o Estado. Desta forma, os modos como os indígenas se apropriam da escola produzem aproximações e afastamentos em relação às políticas que o Estado elabora para os povos indígenas, trazem consequências, tensões, desafios tanto para o Estado como para os coletivos indígenas e, do mesmo modo, para a Antropologia.

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Biografia do Autor

Clarice Cohn, UFSCAR

Doutora em Antropologia pela Universidade de São Paulo; professora Adjunta da UFSCAR (São Carlos/SP/Brasil) e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social desta mesma Universidade. Coordenadorado Laboratório de Estudos e Pesquisas em Antropologia da Criança - LEPAC e do Observatório daEducação Escolar Indígena da UFSCAR.

José Valdir Jesus de Santana, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos; professor Adjunto da UniversidadeEstadual do Sudoeste da Bahia (Vitória da Conquista/BA/Brasil) e do Programa de Pós-Graduaçãoem Relações Étnicas e Contemporaneidade da mesma Universidade. Coordena o projeto de pesquisa intitulado“Os processos de Gestão da Educação Escolar entre os povos indígenas Pataxó, Pataxó Hã Hã Hãee Tupinambá: experiências em construção”.

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Publicado

2016-01-22

Como Citar

Cohn, C., & de Santana, J. V. J. (2016). A antropologia e as experiências escolares indígenas. Revista Pós Ciências Sociais, 13(25), 61–86. https://doi.org/10.18764/2236-9473.v13n25p61-86

Edição

Seção

DOSSIÊ: Perspectivas Antropológicas e Sociológicas em Educação