POLÍTICA FLORESTAL E EMPRESAS DO SETOR MADEIREIRO: o que há de novo em suas estratégias?

Autores

  • Edna Maria Ramos de Castro Universidade Federal do Pará-UFPA
  • Sabrina Mesquita do Nascimento Universidade Federal do Pará -UFPA
  • Simy de Almeida Corrêa Universidade Federal do Pará-UFPA

Palavras-chave:

Política Florestal, Concessão Florestal, Confitos Socioambientais, Amazônia

Resumo

O presente trabalho discute as políticas para o uso das forestas amazônicas, notadamente o instrumento de concessão florestal instituído pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei nº 11.284/06) e suas limitações. Neste contexto, analisa a situação da BR-163,que é o primeiro Distrito Florestal Sustentável da Amazônia. Faz um balanço do modelo de gestão de florestas públicas e da política florestal no Brasil de forma macro, destacando os conflitos, as contradições, a capacidade e os limites desses instrumentos, considerando a (re)organização dos atores e os recursos ambientais em disputa. No Pará
concentram-se muitas ações do Estado, tanto em nível estadual quanto federal, seja em concessão de florestas públicas ou em exploração privada de recursos florestais, possuindo grandes extensões de florestas públicas. Em meio ao mosaico de ações relativas aos recursos florestais, as concessões florestais apresentam problemas que vão desde a conceituação do instrumento até as implicações reais da concessão sobre os usos da floreta por populações tradicionais.

Palavras- chave: Política Florestal; Concessão Florestal; Confitos Socioambientais; Amazônia.

Abstract: This paper discusses the policies for the use
of the Amazon forests, especially the instrument of forest concession introduced by the Law of Public Forest Management (Law No. 11.284/06) and its limitations. In
this context it analyzes the situation of the BR-163 which is the frst Sustainable Forest  District in the Amazon. It makes a balance of the management model of public forests and the forest policy in Brazil in a macro level, highlighting the conflicts, contradictions, the capacity and limits of these instruments considering the (re) organization of actors and environmental resources in
dispute. In Pará many state actions are concentrated in both state and federal level, whether in granting public forests or private exploitation of forest resources, owning large tracts of public forests. Amid the mosaic of actions relating to forest resources, the forest concessions show problems ranging from conceptualization of the instrument to the real implications of the concession on the uses of the forest by traditional populations.

Keywords: Forestry Policy; Forest Concession; Socioenvironmental conflicts; Amazon.

 

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Biografia do Autor

Edna Maria Ramos de Castro, Universidade Federal do Pará-UFPA

Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1969), mestrado em Sociologia - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris, 1978) e doutorado em Ciencias Sociais - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris, 1983). Atualmente é professora Associada II da Universidade Federal do Pará, NSAEA/UFPA. Professora Visitante da Universidade de Québec à Montreal (1996), Montréal, Canadá. Professora Visitante na Universidade de Brasília, UnB, Departamento de Sociologia (2004) e Professora Visitante na Université Le Havre, França (2009).
Diretora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA, da UFPA, nos períodos de 1997-2000 e 2005-2009. Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional/ANPUR (2007-2009). Diretora da ANPOCS (1986-1988 - 1994-1996). Diretora da Sociedade Brasileira de Sociologia (2009-2011).Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em sociologia do desenvolvimento, sociologias política e urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas, trabalho, identidade, populações tradicionais, desenvolvimento e meio ambiente.

Sabrina Mesquita do Nascimento, Universidade Federal do Pará -UFPA

Bacharel em Turismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com conclusão no ano de 2006. Especialista em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas (Curso “Cidades na Amazônia: História, Ambiente e Culturas”) pelo Programa Internacional de Formação de Especialistas em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas - FIPAM XXII -, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA), concluído no ano de 2008. Mestre em Planejamento do Desenvolvimento pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PDTU), UFPA/NAEA.

Simy de Almeida Corrêa, Universidade Federal do Pará-UFPA

Graduação em Direito pela Universidade da Amazônia (2005) e graduação em Geografa pela Universidade Federal do Pará (2007). Concluiu MBA em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pela Faculdade Oswaldo Cruz. Mestre pelo Programa
de Planejamento do Desenvolvimento (PLADES), Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - NAEA/UFPA. Participou do Projeto de Pesquisa História Econômica e Planejamento Público na Amazônia, sob coordenação do Prof. Dr. Fábio Silva. Atualmente, é doutoranda no Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Trópicos Úmidos, pelo NAEA-UFPA e está inserida no Projeto Mudanças sociais, Modernização e Confitos: novas dinâmicas na regulação da terra e expansão de commodities no corredor da Br-163 e infuências da construção da UHE Belo Monte, sob a coordenação da Profa. Dra. Edna Castro.

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Como Citar

Castro, E. M. R. de, Nascimento, S. M. do, & Corrêa, S. de A. (2013). POLÍTICA FLORESTAL E EMPRESAS DO SETOR MADEIREIRO: o que há de novo em suas estratégias?. REPOCS - Revista Pós Ciências Sociais, 9(18). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/1332

Edição

Seção

DOSSIÊ: Territórios emergentes e ação pública local