Vivenciando a Morte: experiência de profissionais de enfermagem no contexto da unidade de terapia intensiva neonatal

Autores

  • Marinese Herminia Santos Universidade Federal do Maranhão - UFMA
  • Elba Gomide Mochel Universidade Federal do Maranhão - UFMA
  • Eremita Val Rafael Universidade Federal do Maranhão - UFMA

DOI:

https://doi.org/10.18764/

Palavras-chave:

Tanatologia, Enfermagem, UTI Neonatal

Resumo

Introdução:  A morte é uma experiência inevitável do ser humano, entretanto a sociedade contemporânea a rejeita. O ambiente hospitalar, cenário principal da luta contra a morte, possui modelo biomédico, tecnicista, individualista, orientado para a curadas doenças. Objetivo: O estudo teve como objetivo compreender a experiência dos profissionais de enfermagem no cuidado acriança e a família que vivenciam a morte e o morrer. Métodos: Fundamenta-se na re-humanização da morte como um processoinerente ao estar vivo. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de natureza qualitativa, utilizando o InteracionismoSimbólico como referencial teórico. Para apoiar a análise dos dados qualitativos foram utilizados os pressupostos da AnáliseTemática. A pesquisa foi realizada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Universitário. Resultados:Foram abstraídas as seguintes categorias temáticas: a morte como um fato natural; a morte como alívio ao sofrimento;a morte como um inimigo a ser vencido; a morte como um fenômeno distanciado; a morte como geradora de múltiplossentimentos. Conclusão: A morte é percebida como um acontecimento até certo ponto esperado no ambiente da UnidadeNeonatal. Observa-se, entretanto a fragilidade dos profissionais perante a morte, pois muitas vezes estão emocionalmentedespreparados para lidar com as situações do cotidiano, permeadas pela dor e pelo sofrimento.

Palavras-chaves: Tanatologia. Enfermagem. UTI Neonatal.


Abstract
Introduction: Although death is an inevitable experience that every human being must undergo, it is still rejected by the contemporary society. The hospital environment, which is the main place of the fight against death, has a biomedical, technological and individualistic models and has as an aim the cure of diseases. Objective: To understand the experiences of nursing professionals in the care of children and families that have experienced the death and dying. Methods: The rehumanization of death as an inherent process in being alive. This is an exploratory, descriptive and qualitative study, which uses Symbolic Interactionism as its theoretical reference. Thematic Analysis assumptions were used to support qualitative data analysis. This research was conducted in the neonatal intensive care unit of the University Hospital. Results: The following subjects were focused: death as a natural fact, death as a relief of suffering, death as an enemy to be defeated, death as a distant phenomenon and the multiple feelings generated by it. Conclusion: To some extent, death is perceived as an expected event in the environment of the Neonatal Intensive Care Unit. However, there is the fragility of professionals toward death as they often are emotionally unprepared to deal with everyday situations permeated by pain and suffering.

Keywords: Thanatology. Nursing. Neonatal ICU.

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Biografia do Autor

Marinese Herminia Santos, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1981) e mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão (2005). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). e enfermeira do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DAUFMA. Membro do Gupo de Estudos e Pesquisa em Saúde da Família, Criança e Adolescente (GEPSFCA-UFMA), Membro da Liga Acadêmica de Tanatologia da UFMA e consultora do Ministério da Saúde para o Método Canguru. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Neonatal, atuando principalmente nos seguintes temas: Método Canguru, UTI Neonatal, Saúde da Criança e do Adolescente e Tanatologia.

Elba Gomide Mochel, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (1968), Mestrado em Enfermagem Obstétrica pela Escola Paulista de Medicina (1988) e Doutorado em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP (1995). Atualmente é Professora Associada III da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde da mulher, enfermagem no ciclo gravídico puerperal, hipertensão arterial, obesidade, prevenção de câncer, qualidade de vida e tanatologia.

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Como Citar

Santos, M. H., Mochel, E. G., & Rafael, E. V. (2012). Vivenciando a Morte: experiência de profissionais de enfermagem no contexto da unidade de terapia intensiva neonatal. Revista De Pesquisa Em Saúde, 11(3). https://doi.org/10.18764/

Edição

Seção

Artigos Originais / Original Articles