A CONCREÇÃO DA CIDADANIA E A MULHER NAS RELAÇÕES DE PODER

Autores

  • Fernanda Morato da Silva Pereira UNAERP
  • Lucas de Souza Lehfeld Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP

Resumo

A pesquisa analisou o exercício da cidadania pela mulher. Partiu da luta da mulher por uma nova identidade dentro de um ambiente patriarcal, machista e capitalista. Analisou a trajetória da mulher, questões de gênero e a relação com o direito, questionando o reconhecimento tardio de direitos fundamentais à mulher. Constatou que o maior óbice à cidadania é a ausência da mulher nas relações de poder, resultado da desigualdade. Logo, concluiu ser determinante a efetivação de direitos humanos fundamentais como força do direito contra o poder posto, combatendo o caráter androcêntrico do direto, minimizando sequelas e lutando por uma sociedade mais justa e igualitária. A pesquisa orientou-se pelo método hipotético-dedutivo, lastreada em livros, artigos científicos, legislação interna e aparato global de proteção às mulheres.

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Biografia do Autor

Fernanda Morato da Silva Pereira, UNAERP

Mestranda em Direitos Coletivos e Cidadania pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP/SP. Bolsista CAPES/PROSUP.  Advogada e Professora.

Lucas de Souza Lehfeld, Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP

Professor Doutor do Programa de Mestrado em Direitos Coletivos e Cidadania na Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP/SP. Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra (POR).

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Publicado

2018-12-27

Como Citar

da Silva Pereira, F. M., & Lehfeld, L. de S. (2018). A CONCREÇÃO DA CIDADANIA E A MULHER NAS RELAÇÕES DE PODER. Revista Húmus, 8(24). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/9999

Edição

Seção

Perspectivas do Desenvolvimento Regional