ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA ESCOLA AFROCENTRADA: entre a periferia e a educação

Autores

Marcos Borges dos Santos Júnior Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir o cotidiano com a finalidade de auxiliar na construção de um espaço escolar afrocentrado. Diante da situação apresentada desde o século XIX pelo Brasil em que a figura da população negra era inferiorizada e deslegitimada pela sociedade seja no meio midiático ou institucional nos deparamos em pleno século XXI, um país colonizado, aonde a alienação identitária é aprofundada pelas disparidades étnico-raciais que infligem a população negra. Encontramos o racismo travestido pelo paradigma da democracia racial se tornando sutil e agindo de modo eficaz perante a sociedade brasileira. Pensar em meios de transpor com epistemes negras para solucionar tais problemas como o racismo se torna vital para a população negra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Borges dos Santos Júnior, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui curso de Formação de Professores, Modalidade Normal em Nível Médio pelo Instituto de Educação Clélia Nanci (2014), Brasil. Atualmente graduando de Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil, desde 2015. Participa do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) coordenado pela Profª. Drª Maria Alice Gonçalves Rezende. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: sala de aula, iniciação a docência, cidadania e construção moral.

Referências

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em: 02/08/2018.

CASTRO, Maurício de Barros. Do samba ao semba: travessias atlânticas entre Brasil e Angola. In: GONÇALVES, Maria Alice Rezende; RIBEIRO, Ana Paula Alves. (orgs.). História e cultura africana e afro-brasileira na escola. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Outras letras, 2014. P. 68-79.

_____. Lei no 1.390, de 3 de julho de 1951. Inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de preconceitos de raça ou de cor. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1390.htm>. Acesso em: 09/10/2018.

DANTAS, Tiago. Funk. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/artes/funk.htm>. Acesso em 01/03/2018.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Tradução de Enilce Albergaria Rocha e Lucy Magalhães. Juiz de Fora: UFJF, 2005.

GIDDENS, Anthony; SUTTON, Philip W. Conceitos essenciais da sociologia. Tradução de Claudia Freire. 2. Ed. São Paulo: Editora Unesp, 2017.

GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemecídios do longo século XVI. In: CASTRO, Maurício Barros de; SANTOS, Myrian Sepúlveada dos. (orgs.). Relações raciais e políticas de patrimônio. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2016. P. 27-62.

GONÇALVES, Maria Alice Rezende. O candomblé e o lúdico. Rio de janeiro: Quartet; NEAB_UERJ, 2007.

JESUS, Fernando Santos de. O negro no livro paradidático. Rio de Janeiro: Gramma, 2017.

MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2016.

MESSIAS, Ivan dos Santos. Hip-hop: educação e poder, o rap como instrumento de educação. Salvador: EDUFBA, 2015.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Tradução de Maria D. Alexandre e Maria Alice Araripe de Sampaio Doria. 16ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectivas, 2016.

NOGUERA, Renato. O ensino de filosofia e a lei 10.639. Rio de Janeiro: Pallas; Biblioteca Nacional, 2014.

_____. Denegrindo a educação: Um ensaio filosófico para uma pedagogia da pluriversalidade. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, Número 18: maio – out/2012a, p. 62-73. Disponível em: < http://periodicos.unb.br/index.php/resafe/article/view/7033>. Acesso em: 11/05/2018.

_____. Ubuntu como modo de existir: elementos gerais para uma ética afroperspectivista. Revista ABPN, v.3, n 6, nov. 2011 – fev. 2012b, p. 147-150.

Disponível em: <https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/renato_noguera_-_ubuntu_como_modo_de_existir.pdf>. Acesso em: 11/05/2018.

_____. Afrocentricidade e educação: os princípios gerais para um currículo afrocentrado. Revista África e Africanidades. Ano 3 – n, 11 no, 2010, p. 1-16. Disponível em: <http://www.africaeafricanidades.com.br/documentos/01112010_02.pdf>. Acessado dia 11/05/2018.

PETIT, Sandra Haydée. Pretagogia: Pertencimento, corpo-dança afroancestral e tradição oral, contribuições do legado africano para a implementação da lei nº 10.639/03. Fortaleza: EdUECE, 2015.

SANTOS, Gislene Aparecida dos. Mulher negra, homem branco. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.

_____. A invenção do “ser negro”: um percurso das idéias que naturalizaram a inferioridade dos negros. São Paulo: Educ/Fapesp; Rio de Janeiro: Palllas, 2002.

TAVARES, Pedro Henrique. Como surgiu o funk?. Mundo Estranho, 9 de dez. 2016, atualizado em 04;07/2018. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-surgiu-o-funk/>. Acessado em: 01/09/2018.

Downloads

ARTIGO COMPLETO

Publicado

2019-03-13

Como Citar

Santos Júnior, M. B. dos. (2019). ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA ESCOLA AFROCENTRADA: entre a periferia e a educação. Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 2(3). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/kwanissa/article/view/10008