DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS MACROALGAS ASSOCIADAS ÀS FLORESTAS DE MANGUE NA PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA-PARÁ

Autores

  • Marcus E. B. Fernandes Universidade Federal do Pará
  • Edison F. Silva Universidade Federal do Pará
  • Jô F. Lima Universidade Federal do Pará
  • Eduardo S. Varela Universidade Federal do Pará
  • Alexandre P. Hercos Universidade Federal do Pará
  • Carlos M. Fernandes Universidade Federal do Pará
  • Cinthya C. B. Arruda Universidade Federal do Pará
  • Grazielle Gomes Universidade Federal do Pará
  • Helane Santos Universidade Federal do Pará
  • Cidiane Soares Universidade Federal do Pará
  • Rosa M. Saraiva Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.18764/

Palavras-chave:

distribuição espacial, macroalga, manguezal, península de Ajuruteua, Pará.

Resumo

Este estudo objetivou caracterizar a comunidade de macroalgas presentes na península de Ajuruteua e na Ilha de Canelas, Bragança, Pará. As coletas foram realizadas nos seguintes substratos: tronco, pneumatóforo e rizóforo. Três réplicas por substrato foram coletadas em cada um dos nove pontos amostrais para a identificação das espécies. Foram registradas 11 espécies de macroalgas pertencentes a sete gêneros ao longo de um gradiente de salinidade, que variou de 16 a 42,  e cujo número de espécies não apresentou diferença significativa na sua distribuição espacial. As comunidades algais ao longo da península até a Ilha de Canelas mostraram alta similaridade entre si, com valores acima de 80%, com exceção do Furo do Taici (65%) e da Ilha de Canelas (60%). Além do mais, a flora algal registrada para o Estado do Pará mostrou-se mais similar à flora do litoral do Estado do Maranhão (~ 63%) do que àquela do Estado do Amapá (~ 48%). Embora alguns estudos já tenham caracterizado a comunidade de macroalgas em algumas áreas da costa norte, tais informações devem ainda ser consideradas como preliminares, haja vista a grande extensão dos manguezais amazônicos e o pequeno esforço amostral empregado para determinar a distribuição espacial dessa flora associada aos manguezais da Amazônia brasileira.

 

Abstract

 

Spatial distribution of macroalgae associated with mangrove forests in the ajuruteua peninsula, Bragança-Pará

 

This study aimed to characterize the macroalgae community in the Ajuruteua peninsula and on Canelas Island, Bragança, Pará. Macroalgae were collected from the following substrata: trunk, pneumatophore and rhizophore. Three replicates of each substratum were collected at nine sample stations for species identification. Twelve species from seven genera of macroalgae were recorded in a salinity gradient, ranging from 16 to 42, in which the number of species did not present any significant difference on its spatial distribution. Algae communities along the peninsula until Canelas Island showed high similarities with values over 80%, but Furo do Taici (65%) and Canelas Island (60%). In addition, algae flora recorded in the state of Pará showed to be more similar to that one on the coastline of the state of Maranhão (~ 63%) than the species found in the state of Amapá (~ 48%). Although some studies have already characterized the macroalgae community in some areas in the northern coast of Brazil, such information must be considered as preliminary ones, due to the large extension of the Amazon mangrove forests and the small sampling effort employed to determine the spatial distribution of this flora associated with mangals in the Brazilian Amazon.

Key words - spatial distribution, macroalgae, mangal, Ajuruteua peninsula, Pará.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcus E. B. Fernandes, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Edison F. Silva, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Jô F. Lima, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Eduardo S. Varela, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Alexandre P. Hercos, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Carlos M. Fernandes, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Cinthya C. B. Arruda, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Grazielle Gomes, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Helane Santos, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Cidiane Soares, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Rosa M. Saraiva, Universidade Federal do Pará

Laboratório de Ecologia de Manguezal

Referências

AYRES, M., AYRES JR., M., AYRES, D. L. & SANTOS, A. S. 2003. BiosEstat 3.0: Aplicações estatítiscas nas áreas das ciências biológicas e médicas. Pará: Belém: Sociedade Civil Mamirauá, Brasília CNPq. 290 p.

BLAIR, S.M. 1983. Taxonomic treatment of the Chaetomorpha and Rhizoclonium species (Cladophorales: Chlorophyta) in New England. Rodhophora. 85: 175-211.

BRODERICK, M.E. & DAWES, C.J. 1998. Seasonal photosynthetic and respiratory responses of the red alga Bostrychia tenella (Ceramiales, Rodophyta) from a salt marsh and mangal. Phycologia. 37(2): 92-99.

CLARKE, K.R. & GORLEY, R.N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E:Plymouth. 91 p.

CORDEIRO-MARINO, M. 1978. Rodofíceas bentônicas marinhas do estado de Santa Catarina. Secretaria de estado dos negócios da agricultura coordenadoria da pesquisa de recursos naturais. Instituto de Botânica. Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo – Série criptogâmica. Rickia 7: 1-243.

CORREIA-FERREIRA, M.M. & BRANDÃO M.D.S. 1974. Flora ficológica marinha da Ilha de São Luís (Estado do Maranhão, Brasil). I- Chlorophyta. Arq. Ciên. Mar. 14 (2): 67-80.

CUTRIM, M. V. J. & AZEVEDO, A. C. G. 2005. Macroalgas. In: M. E. B. Fernandes (org.). Os manguezais da costa norte brasileira Vol. II. Petrobrás/Fundação Rio Bacanga, Belém-PA. 53-80 pp.

ESTON, V.R.; YOKOYA, N.S.; FUJII, M.T.; BRAGA, M.R.A.; PLASTINO, E.M. & CORDEIRO-MARINO, M. 1991. Mangrove macroalgae in southeastern Brazil: spatial and temporal patterns. Rev. Bras. Biol. 51(4): 829-837.

ESTON, V.R.; BRAGA, M.R.A.; CORDEIRO-MARINO, M.; FUJII, M.T. & YOKOYA, N.S. 1992. Macroalgal colonization patterns on artificial substrates inside southeastern Brazilian mangroves. Aquatic Botany 42: 315-325.

FERNANDES, M.E.B. 2003. Os manguezais da costa norte brasileira. Fundação Rio Bacanga, São Luís-MA. 142 p.

HADLICH, R.M. & BOUZON, Z.L.1985. Contribuição ao levantamento taxonômico das algas marinhas bentônicas do mangue de Itacorubi – Florianópolis – Ilha de Santa Catarina. Brasil. II Rhodophyta. Insula. 15: 89-116.

KARSTEN, U.; KOCH, S.; WEST, J.A. & KIRST, G.O. 1994 a. The intertidal red alga Bostrychia simpliciuscula Harvey ex J.Agardh from a mangrove swamps in Singapore: acclimation to light and salinity. Aquatic Botany. 48: 313-323.

KARSTEN, U.; WEST, J.A.; ZUCCARELLO, G.C. & KIRST, G.O. 1994 b. Physiological ecotypes in the marine alga Bostrychia radicans (Ceramiales, Rodophyta) from the East Coast of the USA. J. Phycol. 30:174-182.

KING, R.J. & PUTTOCK, C.F. 1989. Morphology and taxonomy of Bostrychia and Stictosiphonia (Rhodomelaceae/Rhodophyta). Aust. Syst. Bot. 3: 1-73.

PAULA, E.J.; UGADIM, Y. & KANAGAWA, A.J. 1989. Macroalgas de manguezais da Ilha de Maracá – Estado do Amapá, Brasil. Insula. 19: 95-114.

PEÑA, E.P.J.; ZINGMARK, R. & NIETCH, C. 1999. Comparative photosynthesis of two species of intertidal epiphytic macroalgae on mangrove roots during submersion and emersion. J. Phycol. 35: 1206-1214.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. 1989. Perfil dos ecossistemas litorâneos brasileiros, com especial ênfase sobre o ecossistema manguezal. Publicação Especial do Instituto Oceanográfico. 7: 1-16.

Downloads

Como Citar

(1)
Fernandes, M. E. B.; Silva, E. F.; Lima, J. F.; Varela, E. S.; Hercos, A. P.; Fernandes, C. M.; Arruda, C. C. B.; Gomes, G.; Santos, H.; Soares, C.; Saraiva, R. M. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS MACROALGAS ASSOCIADAS ÀS FLORESTAS DE MANGUE NA PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA-PARÁ. Bol. Lab. Hidrobiol. 2014, 18.

Edição

Seção

Artigos