ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO EM DUAS ÁREAS COM DIFERENTES HISTÓRICOS DE ANTROPIZAÇÃO NO MANGUEZAL DE ANCHIETA, ES

Autores

  • Fabiano Volponi Pereira Escola São Francisco de Assis . Rua: Bernardino Monteiro 700, Dois Pinheiros, CEP: 29650-000, Santa Teresa, ES, Brasil.
  • Flavio Foletto Escola São Francisco de Assis . Rua: Bernardino Monteiro 700, Dois Pinheiros, CEP: 29650-000, Santa Teresa, ES, Brasil.
  • Thiago Miranda Moreira Escola São Francisco de Assis . Rua: Bernardino Monteiro 700, Dois Pinheiros, CEP: 29650-000, Santa Teresa, ES, Brasil.
  • José Manoel Lúcio Gomes Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Botânica-Herbário VIES, Av. Fernando Ferrari, CEP 29075-910, Vitória, ES, Brasil. 3 Universidade Estadual
  • Elaine Bernini Universidade Estadual do Norte Fluminense, Centro de Biociências e Biotecnologia, Laboratório de Ciências Ambientais. Av. Alberto Lamego 2000, CEP 28013-602, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18764/

Resumo

A estrutura da vegetação do manguezal de uma área com histórico de antropização foi comparada com a de uma área preservada, em Anchieta, estado do Espírito Santo. As espécies amostradas foram Avicennia schaueriana Stapft & Leechm., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f. e Rhizophora mangle L. Considerando as árvores com diâmetro > 5 cm, houve diferença marcante no desenvolvimento estrutural entre as florestas analisadas. A área conservada exibiu menor densidade de indivíduos e maiores valores de altura, diâmetro e área basal.  Registrou-se maior contribuição em área basal na classe diamétrica > 5,0 e < 10,0 cm na área impactada e na classe > 10,0 cm na área conservada. Rhizophora mangle foi dominante em área basal e em número de indivíduos em ambas as florestas estudadas.

Palavras-chaves: Altura, área basal, densidade, mangue, rio Benevente

Abstract

Vegetation structure in two areas with different histories of anthropic influence in the mangrove of Anchieta, ES

The structure of vegetation in an impacted area was compared with a preserved area in the mangrove of Anchieta, state of Espirito Santo. The species sampled were Avicennia schaueriana Stapft & Leechm., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f. and Rhizophora mangle L. Whereas the trees with a diameter > 5 cm, there was a marked difference in structural development between forests analyzed. The area conserved exhibited lower density of individuals and higher values of height, diameter and basal area. There were greater contribution in basal area in the class diameter > 5.0 and < 10.0 cm in the area impacted in the class and > 10.0 cm in the area conserved. Rhizophora mangle was dominant in basal area and number of individuals in both forests.
Key words: Height, basal area, density, mangrove, Benevente river

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABREU, M.M.O., MEHLIG, U., NASCIMENTO, R.E.S.A. & MENEZES, M.P.M. 2006. Análise da composição florística e estrutura de um fragmento de bosque de terra firme e de um manguezal vizinhos na península de Ajuruteua, Bragança, Pará. Boletim Museu Paraense Emilio Goeldi, Ciências Naturais, Belém 2(3): 27-34.

BERNINI, E. & REZENDE, C.E. 2004. Estrutura da vegetação em florestas de mangue do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica 18(3): 491-502.

CARMO, T.M.S., BRITO-ABAURRE, M.G., SENNA-MELO, R.M., ZANOTTI-XAVIER, S., COSTA, M.B. & HORTA, M.M.M. 1995. Os manguezais da Baía de Vitória, Espírito Santo: um ecossistema ameaçado. Revista Brasileira de Biologia 55(4): 801-808.

CARMO, T.M.S., SFORZA, R., ROCHA, G.B., MOREIRA, L.M.P. & SILVA, R.C.D. 2000. Caracterização da estrutura do manguezal de Goiabeiras Velha, Vitória, Espírito Santo. P. 381-388. In: Anais do V Simpósio de Ecossistemas Brasileiros. São Paulo, ACIESP, v. 2,

CARMO, T.M.S., ALMEIDA, R., OLIVEIRA, A.R. & XAVIER, S.Z. 1998a. Caracterização de um trecho do manguezal do rio da Passagem, Baía de Vitória, Vitória, ES, Brasil. Pp. 6-16. In: Anais do IV Simpósio de Ecossistemas Brasileiros. São Paulo, ACIESP, v. I.

CARMO, T.M.S., GÓES, P., ALMEIDA, A.P.L.S., SAMPAIO, F.D.F. & ASSIS, A.M. 1998b. Caracterização do manguezal do rio Reis Magos, Fundão, Espírito Santo. Pp.17-29. In: Anais do IV Simpósio de Ecossistemas Brasileiros. São Paulo, ACIESP, v. I.

CINTRÓN, G. & SCHAEFFER-NOVELLI, Y., 1983, Introduccion a la ecologia del manglar. Oficina Regional de Ciencia y Tecnologia de la UNESCO para America Latina y el Caribe - ROSTLAC, Montevideo, Uruguay, 109p.

COUTO, E.C.G. 1996. Caracterização estrutural do manguezal da foz da Gamboa do Maciel (Paranaguá-PR). Arquivos de Biologia e Tecnologia 39(3): 497-507.

DEUS, M.S.M., SAMPAIO, E.V.S.B., RODRIGUES, S.M.C.B. & ANDRADE, V.C. 2003. Estrutura da vegetação lenhosa de três áreas de manguezal do Piauí com diferentes históricos de antropização. Brasil Florestal 78: 53-60.

FERNANDES, M.E.B. 2000. A structural analysis of Rhizophora, Avicennia, and Laguncularia forests on Maracá Island, Amapá, Brazil. German-Brazilian Workshop on Neotropical Ecosystems - Achievements and Prospects of Cooperative Research Hamburg 565-572.

LUGO, A.E. & SNEDAKER, S.C. 1974. The ecology of mangroves. Annual Review of Ecology and Systematic 5: 39-64.

LUGO, A.E., CINTRÓN, G. & GOENAGA, C. 1980. El ecossistema del manglar bajo tension. P. 261-285. In: Seminario sobre el estudio científico e impacto humano en el ecossistema de manglares, Cali, Colombia, UNESCO/ROSTLAC.

PERIA, L.C.S., FERNANDEZ, P.P.C.P., MENEZES, G.V., GRASSO, M. & TOGNELLA, M.M.P. 1990. Estudos estruturais comparativos entre bosques de mangue impactados (Canal de Bertioga) e não impactados (Ilha do Cardoso), Estado de São Paulo. Pp. 183-193. In: Anais do II Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira. Águas de Lindóia, ACIESP, v. II.

SANTOS, M.C.F.V. 1986. Considerações sobre a ocorrência de Rhizophora harrisonii Leechamn e Rhizophora racemosa G.F.W. Meyer, no litoral do Estado do Maranhão, Brasil. Boletim Laboratório de Hidrobiologia, São Luís 7: 71-91.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. 2002. Manguezal: ecossistema que ultrapassa suas próprias fronteiras. Pp. 34-37. In: E.L. Araújo, A.N. Moura, E.S.B. Sampaio, L.M.S. Gestinari , J.M.T. Carneiro (eds.). Biodiversidade, conservação e uso sustentável da flora do Brasil. Recife: UFRPE, Imprensa Universitária.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y., CINTRÓN-MOLERO, G. & ADAIME, R.R. 1990. Variability of mangrove ecosystems along the brazilian coast. Estuaries 13(2): 201-218.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y., PERIA, L.C.S., MENEZES, G.V., GRASSO, M., SOARES, M.L.G. & TOGNELLA, M.M.P. 1994. Pp. 324-332. Manguezais brasileiros, Caravelas, Estado da Bahia. Anais do Simpósio de Ecossistemas da Costa Brasileira: Subsídios a um gerenciamento ambiental. Serra Negra, ACIESP, v. 1.

SEIXAS, J.A.S., FERNANDES, M.E.B. & SILVA, E.S. 2006. Análise estrutural da vegetação arbórea dos mangues no Furo Grande, Bragança, Pará. Boletim Museu Paraense Emilio Goeldi, Ciências Naturais, Belém 2(3): 35-43.

SILVA, C.A.R., LACERDA, L.D., SILVA, L.F.F. & REZENDE, C.E. 1991. Forest structure and biomass distribution in a red mangrove stand in Sepetiba Bay, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Botanica 14: 21-25.

SILVA, E.S. & FERNANDES, M.E.B. 2004. Relação entre gradiente vegetacional e atributos do solo nos bosques de mangue do Furo Grande, Bragança- PA. Boletim do Laboratório de Hidrobiologia 17: 19-27.

SILVA, M.A.B., BERNINI, E. & CARMO, T.M.S. 2005. Características estruturais de bosques de mangue do estuário do rio São Mateus, ES, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19(3): 465-471.

SMITH, T.J. III. 1992. Forest structure. P. 101-136. In: A.I. Robertson , D.M. Alongi (Eds.). Tropical mangrove ecosystems. Coastal and estuarine series. American Geophysical Union, Washington, USA.

SOARES, M.L.G. 1999. Estrutura vegetal e grau de perturbação dos manguezais da Lagoa da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Revista Brasileira de Biologia 59(3): 503-515.

SOARES, M.L.G., CHAVES, F.O., CORRÊA, F.M. & SILVA JR., C.M.G. 2003. Diversidade estrutural de bosques de mangue e sua relação com distúrbios de origem antrópica: o caso da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro). Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ 26: 101-116.

SOUZA, M.M.A & SAMPAIO, E.V.S.B. 2001. Variação temporal da estrutura de bosques de mangue de Suape-PE após a construção do Porto. Acta Botanica Brasilica 15(1): 1-12.

VALE, C.C. & FERREIRA, R.D. 1998. Os manguezais do litoral do Estado do Espírito Santo. Pp. 88-94. In: Anais do Simpósio de Ecossistemas da Costa Brasileira. São Paulo, ACIESP, v. I.

Downloads

Como Citar

(1)
Pereira, F. V.; Foletto, F.; Moreira, T. M.; Gomes, J. M. L.; Bernini, E. ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO EM DUAS ÁREAS COM DIFERENTES HISTÓRICOS DE ANTROPIZAÇÃO NO MANGUEZAL DE ANCHIETA, ES. Bol. Lab. Hidrobiol. 2014, 22.

Edição

Seção

Artigos