GIORGIO AGAMBEN: a pandemia e os dispositivos de biossegurança e politica de produção de vida nua

Autores

  • Sandro Luiz Bazzanella Universidade do Contestado

Palavras-chave:

Biossegurança, biopolítica, estado de exceção, vida nua, campo de concentração.

Resumo

Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar o artigo publicado por Giorgio Agamben intitulado: “Biossegurança e política”, publicado em 11 de maio de  2020 no site da editora Quodlibet na Itália, traduzido para o português por Moisés Sbordelotto e publicado no site do Instituto Humanitas Unissinos (http://www.ihu.unisinos.br/). No referido artigo o filósofo italiano demonstra que sob a justificativa do combate ao Covid-19 e da preservação da vida biológica dos indivíduos e da população o estado de exceção tende a se tornar técnica de governo permanente na contemporaneidade. Assim, a política esvaziada em sua condição ontológica apresenta-se como biopolítica, como mera gestão administrativa, jurídica e econômica dos recursos humanos e populacionais a disposição do poder soberano. Tal condição evidencia que o paradigma das sociedades contemporâneas é o campo de concentração e, que sob tais pressupostos todos  os governos do mundo globalizado em sua dimensão hegemônica financeirizada são ilegítimos. Neste contexto, a tarefa da política que vem, do pensamento que vem,  é paralisar e profanar a máquina biopolítica devolvendo a política ao uso comum.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandro Luiz Bazzanella, Universidade do Contestado

Possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Dom Bosco (1989), mestrado em Educação e Cultura pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2003) e doutorado em Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Atualmente é professor titular de filosofia da Universidade do Contestado na graduação no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional. Tem experiência na área de filosofia, atuando nas seguintes áreas temáticas: História da filosofia, filosofia política e ética, técnica, Estado e biopolítica.

Referências

Referências Bibliográficas

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002.

________________. Infância e História: destruição da experiência e origem da história. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

_________________. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Editora da Unochapecó, 2009.

__________________. Meios sem fim: notas sobre a política. Tradução Davi Pessoa Carneiro. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

_________________. Biossegurança e política. Disponível no link: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/598847-biosseguranca-e-politica-artigo-de-giorgio-agamben. Acessado em 24.06.2020

BARBOSA, Jonnefer; HONESKO, Vinicius Nicastro. Modos colonizados de recepção filosófica – notas a partir do caso Agamben. Disponível no link: http://flanagens.blogspot.com/2020/05/jonnefer-barbosa-1-vinicius-nicastro.html. Acessado em 24.06.2020.

BAUMAN, Zygmunt. VIDAS DESPERDIÇADAS. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2005.

BELARDINELLI, Alfonso. O ÉDEN SEM DEUS. Tradução Selvino José Assmann. 2007. Disponível em http://georgiamada.splindler.com/post/11876820. Acessado em 13/12/2009.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Tradução Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.

EMCKE, Carolin: A pandemia é uma tentação autoritária que convida à repressão. Disponível em: https://brasil.elpais.com/cultura/2020-04-24/carolin-emcke-a-pandemia-e-uma-tentacao-autoritaria-que-convida-a-repressao.html?rel=listapoyo&fbclid=IwAR3Hkl2sMUZfOhZmxMy30ddJQ6NHcQVXgAGPiT4kRkFs58rRBC0cQx8NtNo. Acessado em 26.06.2020

FRATESCHI, Yara Adario. “Agamben sendo Agamben: o filósofo e a invenção da pandemia”. Publicado em 12.05.2020. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/12/agamben-sendo-agamben-o-filosofo-e-a-invencao-da-pandemia/. Acessado em 23.06.2020

¬______________________. “Essencialismos filosóficos e “ditadura do corona”: sobre Giorgio Agamben, mais uma vez”. Publicado em 29.05.2020. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/29/essencialismos-filosoficos-e-ditadura-do-corona-sobre-giorgio-agamben-mais-uma-vez/. Acessado em 23.06.2020.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Ecce Homo: como alguém se torna o que é. Tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

RANCIÈRE, Jacque. Uma boa oportunidade?. Disponível em https://n-1edicoes.org/039-1. Acessado em 23.06.2020

RODRIGUES, Carla; MARTINS, Ana Carolina; PAZ, Caio; PINHO, Isabela; MONTEIRO, Juliana de Moraes . “Agamben sendo Agamben: por que não?”. Publicado em 16/05/2020. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/16/agamben-sendo-agamben-por-que-nao/. Acessado em 23.06.2020.

Sites consultados:

https://ilmanifesto.it/login

https://www.quodlibet.it

https://www.iisf.it/

https://www.elsaltodiario.com

https://brasil.elpais.com/

http://www.ihu.unisinos.br

https://n-1edicoes.org

Blogs

https://blogdaboitempo.com.br

http://flanagens.blogspot.com/

Downloads

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Bazzanella, S. L. (2020). GIORGIO AGAMBEN: a pandemia e os dispositivos de biossegurança e politica de produção de vida nua. Cadernos Zygmunt Bauman, 10(23). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/14425