DEVIR E PERMANÊNCIA NA SOCIEDADE LÍQUIDO MODERNA: UMA LEITURA A PARTIR DA IDEIA DE CONSUMAÇÃO DA METAFÍSICA

Autores

  • Pablo Moreno Capistrano IFRN
  • Ana Beatriz Costa de Castro IFRN

Palavras-chave:

Modernidade líquida, Bauman, Nietzsche

Resumo

A noção de modernidade líquida está amplamente disseminada em quase toda a obra de Zygmunt Bauman. A abrangência dessa noção e sua delimitação conceitual apontam para uma ligação íntima dessa noção com a perspectiva de modernidade vinculada a uma sociologia que tem seu grau de debito com o pensamento marxiano. Apesar disso, o presente artigo busca demonstrar que as conexões entre a visão de modernidade presentes no Manifesto comunistade Marx e Engels não são suficientes para dar conta da noção de modernidade líquida de Bauman. A partir de leituras extraídas da obra de Nietzsche e de Heidegger, o presente artigo tem o objetivo de estabelecer as conexões que envolvem a construção de uma ideia de modernidade líquida com a visão nietzschiana de um devir permanente, extraída de seus textos do final dos anos de 1880, apontando para uma vinculação da perspectiva sociológica de Bauman das perspectivas filosóficas que compuseram aquilo que se convencionou chamar de pós-modernidade. 

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Biografia do Autor

Pablo Moreno Capistrano, IFRN

Professor de. Filosofia e Direito do IFRN. Doutor em Letras pela UFRN. Fez estudos de pós-doutoramento em filosofia contemporãnea na UMINBO (Portugal)

Ana Beatriz Costa de Castro, IFRN

Bolsista de Iniciação a Pesquisa CNPq/PIBIC; Aluna do curso de gradução em Marketing do IFRN

Referências

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Publicado

2019-06-11

Como Citar

Capistrano, P. M., & Costa de Castro, A. B. (2019). DEVIR E PERMANÊNCIA NA SOCIEDADE LÍQUIDO MODERNA: UMA LEITURA A PARTIR DA IDEIA DE CONSUMAÇÃO DA METAFÍSICA. Cadernos Zygmunt Bauman, 9(19). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/10912