A ESTÉTICA DO HORROR NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA

Autores

  • Carolina Sieja Bertin unicamp

Palavras-chave:

Testemunho. Holocausto. Representações culturais. Estética.

Resumo

O horror percorreu um sinuoso caminho até chegar a ser de fato objeto de contemplação artística, no final do século XVIII. Ocorre que, após a eclosão das guerras – principalmente com o advento do Holocausto e de outros genocídios – o horror passou a se figurar, não como uma opção estética, mas como algo inevitável, afinal, como dirá Adorno, escrever poesia feita após Auschwitz é um ato de barbárie. O presente artigo busca então investigar a maneira segundo a qual as produções artísticas materializam o genocídio judaico, constituindo-se como uma outra forma de testemunho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carolina Sieja Bertin, unicamp

Carolina Sieja Bertin é graduada em Letras pela Universidade de São Paulo, por onde é mestra e doutora em Estudos Linguísticos e Literários do Inglês, tendo realizado parte de seus estudos de pós-graduação na Universidade de Harvard. Atualmente realiza pós-doutorado em Teoria Literária, na Universidade Estadual de Campinas. É pedagoga pelo Centro Universitário Senac e especialista em Psicanálise pelo Centro de Estudos Psicanalíticos. Dentre outras publicações, é autora de Sob a sombra de um xale: um estudo sobre a estética de The Shawl (Novas edições acadêmicas, 2013), “Apontamentos acerca da transmissão do Holocausto na Educação Infantil” (Revista Pedagogia, 2018), “A história sangra: as diferentes perspectivas históricas em Maus (Art Spiegelman) e A Ditadura em quadrinhos (Colombo, Ferraz e Galhardo)” (Literatura, linguagem e ensino: novos olhares, Pimenta Cultural, 2019) e “Chaos and order in memory: the aesthetic of the fragment of trauma” (International journal of latest Research in Humanities and social studies, 2019).

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). tradução Selvino J Assmann . – São Paulo: Boitempo, 2008

ASSMANN, Aleida. “Memory, Individual and Collective”. In: Robert E. Goodin and Charles Tilly (Eds.): The Oxford Handbook of Contextual Political Analysis. Oxford: OUP, 2006.

BENVENUTI, Arturo. Imprisoned – drawings from Nazi concentration camps. Nova Iorque: Skyhorse Publishing; Illustrated Edition, 2017.

BERTIN, Carolina. Sob a Sobra de um Xale: um estudo sobre a estética da literatura da Shoá. São Paulo: Novas Edições Acadêmicas, 2013.

BLIKSTEIN

LEVI, Primo. Os afogados e os sobreviventes. Tradução Luiz Sergio Henriques. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

HOFFMAN, Eva. After Such Knowledge: Memory, History, and the Legacy of the Holocaust. New York: Public Affairs, 2004.

ROSENBERG, Pnina. “Art during the Holocaust” (2015). In: Jewish Women’s Archive https://jwa.org/encyclopedia/article/art-during-holocaust. Acesso em 07 de janeiro de 2020.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, Memória, Literatura: O Testemunho na Era das Catástrofes. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

______. O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Editora 34, 2005.

Downloads

Publicado

2021-03-01

Como Citar

BERTIN, Carolina Sieja.
A ESTÉTICA DO HORROR NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 6, n. 18, p. 65–84, 1 Mar 2021Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 20 abr 2024.

Edição

v. 6, n. 18, mar. 2021: DOSSIÊ TEMÁTICO: literatura, escritura e memória

Seção

Dossiê Literatura, Escritura e Memória

Licença

Direitos autorais Afluente: Revista Eletrônica de Letras e Linguística

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.