ASPECTOS DO IMPRESSIONALISMO LITERÁRIO NO CONTO A MARCA NA PAREDE, DE VIRGINIA WOOLF

Autores

Palavras-chave:

Impressionismo, Literatura, Fluxo de Consciência, Modernismo, Virginia Woolf

Resumo

RESUMO: Esse artigo pretende investigar o impressionismo literário associado à técnica narrativa do monólogo interior e do fluxo de consciência no conto A Marca na Parede (1917), da escritora inglesa Virginia Woolf. Consideramos que a prosa modernista se transforma na transição do século XIX ao XX, voltada para a percepção subjetiva em detrimento da representação realista, o que modifica as categorias de enredo, tempo, espaço e personagens. O impressionismo literário é compreendido a partir de Sandanello (2016) e Attie (2013) como modo narrativo que enfatiza a representação de estímulos e reações sensoriais. Por sua vez, associamos essa modalidade à narração subjetiva e aos conceitos de monólogo interior e fluxo de consciência conforme Friedman (2002), Leite (2001) e Cohn (1979). Esses aspectos convergem para a análise de um conto paradigmático na prosa de Virginia Woolf, caracterizada pela atenção ao detalhe como ponto de partida para a representação de estados de consciência.

 Impressionismo; Literatura; Fluxo de Consciência; Modernismo; Virginia Woolf.

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Biografia do Autor

Edcarlos Nogueira Coppola, Universidade Federal de São Carlos

Mestrando do Programa de Estudos de Literatura da Universidade Federal de São Carlos (PPGLit/UFSCar)

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Publicado

2019-12-30

Como Citar

COPPOLA, Edcarlos Nogueira.
ASPECTOS DO IMPRESSIONALISMO LITERÁRIO NO CONTO A MARCA NA PAREDE, DE VIRGINIA WOOLF
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 4, n. 14, p. 65–78, 30 Dez 2019Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 25 abr 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários